segunda-feira, 20 de julho de 2015

FESTAS DE AGOSTO DE MONTES CLAROS - 176 ANOS DE EXISTÊNCIA E RESISTÊNCIA


* Raquel Mendonça

                Arte: Maria de Lourdes

Dentro do rico folclore ou cultura popular montes-clarense, as Festas de Agosto são, sem dúvida, a maior e mais importante manifestação cultural tradicional e popular do município e de grande, na verdade excepcional participação da população, montes-clarenses ausentes e visitantes de todo o país e exterior que, de modo geral, aguardam o anúncio do período de realização das Festas para visitarem a cidade.

A mais antiga notícia sobre as Festas data de 1839, segundo o grande e saudoso historiador e folclorista, Hermes Augusto de Paula, em seu livro "Montes Claros, sua história, sua gente, seus costumes" (Volume Costumes ou Folclore), quando "Marcelino Alves pediu licença para tirar esmolas para as festas de Nossa Senhora do Rosário e do Divino Espírito Santo, que pretendia fazer nesta freguesia". Ao se comemorar a coroação de Dom Pedro II, em 8 de setembro de 1841, foram permitidos oficialmente vários divertimentos durante três dias: "Catopês (mesmo Congago/Congada de outros lugares, com ricas características regionais); Cavalhadas, Volantins e quaisquer outros divertimentos que não ofendam a moral pública".
          
As belas "Cavalhadas" desapareceram com o tempo, assim como a figura do "Bumba-meu-Boi", que integrava o cortejo.
         
As famílias Festeiras são responsáveis pela realização dos Reinados de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, bem como do Império do Divino Espírito Santo, com apoio de funcionários da Equipe de Eventos e Serviços Gerais da Secretaria Municipal de Cultura na organização dos cortejos, e os Mordomos ou Mordomas, como "donos das bandeiras", são os responsáveis pelo Levantamento dos Mastros dos respectivos santos homenageados.
          
São, portanto, 176 (cento e setenta e seis) anos de existência e resistência, a se completarem neste próximo mês de agosto de 2015, em que os Catopês ou Dançantes, Marujos ou Marujada, Caboclinhos ou Caboclada percorrem ruas centrais da cidade - trajeto tradicional: Rua Dom João Antônio Pimenta, Rua Camilo Prates, Praça Dr. Carlos e Rua Governador Valadares -, saindo da Praça Dr. João Alves, em frente ao Automóvel Clube de Montes Claros, que oferece espaço interno para apoio aos Festeiros, abrigando ou acomodando, até a saída, Reis e Rainhas, Imperador e Imperatriz, príncipes e princesas, pais ou responsáveis..., até a Praça Portugal, onde fica situada a Capela ou Igrejinha do Rosário, a tradicional "Igreja dos Catopês" -, seguindo seus Reis e Rainhas de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, bem como o Imperador e a Imperatriz do Divino Espírito Santo, além de longo cortejo de príncipes e princesas (como às crianças ou pré-adolescentes ligados direta ou indiretamente às famílias dos Festeiros, a participação no Cortejo está aberta a todas as crianças ou pré-adolescentes da cidade interessados, devidamente caracterizados, sem necessidade de convites ou autorização para tal), cantando, dançando e louvando os seus santos de devoção!...
          
As Festas de Agosto, que contam com apoio financeiro da Prefeitura de Montes Claros diretamente aos Grupos (R$ 10.000,00 a cada um, num total de R$ 60.000,00, ou seja, o valor do apoio financeiro aos seis grupos de Catopês, dois de Marujos e um de Caboclinhos foi dobrado neste ano pelo atual Prefeito, Ruy Adriano Borges Muniz) e com ônibus para transporte a visitas e demais percursos das Festas.

As Festas de Agosto realizar-se-ão neste ano de 2015 no período de 19 a 23 de agosto, com a seguinte programação religiosa (como parte importante do Catolicismo Popular da cidade) e festiva: Dia 19/08 (Quarta-Feira): Levantamento do Mastro de Nossa Senhora do Rosário, às 21h00, na Igrejinha do Rosário; dia 20/08 (Quinta-Feira), a partir das 09h00, acontecerá o Reinado de Nossa Senhora do Rosário, seguido de grande almoço oferecido pelos Festeiros ou pais do Rei e Rainha às centenas de participantes, familiares e convidados e, à noite, o Levantamento do Mastro de São Benedito; dia 21/08 (Sexta-Feira), será o dia do Reinado de São Benedito, seguido do almoço e, à noite, o Levantamento do Mastro do Divino Espírito Santo; dia 22/08 (Sábado), será a vez do Império do Divino Espírito Santo, seguido também pelo lauto almoço oferecido pelos pais do Imperador e Imperatriz. No dia 23/08 (Domingo), a partir das 10h00, será realizado o Encontro Mineiro de Ternos de Congado, na sede da Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, evento cultural promovido pela Associação, que contou, durante muitos anos, com a presença dos "Arturos" de Contagem e outros grandes grupos de Congado do Estado, seguido de almoço de congraçamento a partir das 12h00, na sede da Associação. Às 15h00, sairá da histórica Praça Dr. Chaves ou da Matriz, tombada pelo Município, com concentração em frente ao Centro Cultural Hermes de Paula, Praça Dr. Chaves, n° 32, a "Procissão de Encerramento" das Festas, passando, como sempre, pela Av. Filomeno Ribeiro, Rua Dr. Santos, Rua Dom Pedro II, Rua Camilo Prates e Governador Valadares, até a Igreja do Rosário.
          
Paralelamente às Festas de Agosto, acontece o 37° Festival Folclórico de Montes Claros, numa realização da Secretaria Municipal de Cultura/Prefeitura de Montes Claros, através da Coordenação de Eventos (Pedro Ferreira), cuja abertura será às 20h00 do dia 19/08, no Centro Cultural Hermes de Paula, com apresentação da Banda de Música Municipal de Montes Claros (Maestro Aldo Mineiro). Dentro da programação do Festival Folclórico deste ano, apresentar-se-ão na quarta-feira, dia 19, a dupla Márcia & Maciel, da Associação dos Poetas e Repentistas Populares do Norte de Minas; na quinta-feira, dia 20, Cícero Billy Alves e Tino Gomes; na sexta-feira, dia 21, Ciro Araújo e Yuri Popoff e no sábado, dia 22, Berrodágua, com Beto Guedes, num oferecimento da PETROBRAS.


CATOPÊS, MARUJOS E CABOCLINHOS


                                                                       Arte: Georgino Júnior


São três os Grupos de Catopês ou Congado/a de Montes Claros: 1º Grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário, com cerca de 70 a 80 (setenta a oitenta) integrantes, da comunidade do Bairro Morrinho, chefiado pelo Mestre Zanza (João Pimenta dos Santos), que completou 82 anos no último dia 10 de maio de 2015, 78 deles de Catopê, pois começou nas Festas como “Catopê de Colo”, aos quatro anos de idade; 2º Grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário, chefiado pelo Mestre João Faria (João Batista Faria), com 72 anos de idade, nascido em 15.06.l943, que conta com cerca de 60 (sessenta) integrantes, entre jovens e adultos, das comunidades dos Bairros Vila Anália e Camilo Prates, e o Grupo de Catopês de São Benedito, chefiado pelo Mestre Zé Expedito (José Expedito Cardoso do Nascimento), com 72 anos de idade, nascido em 27.01.1943, que conta com cerca de 50 (cinquenta) componentes das comunidades dos Bairros Renascença, Clarice Athayde, Independência e Alterosa II. De Marujos há dois Grupos: a 1ª Marujada, chefiada pelo Mestre Tim (Iderielton Oliveira da Cruz), filho do grande e saudoso Mestre Nenzinho (José Calixto da Cruz), que o antecedeu no cargo, da comunidade de Vila Ipiranga, e a 2ª Marujada, chefiada pelo Mestre Tone Cachoeira (Antônio Ferreira da Silva), que a assumiu após o falecimento do famoso Mestre Miguel Marujo (Sapateiro de profissão e Marujo de devoção), sendo Tone Cachoeira da região da Fazenda Mocambinho. A Chefe do Grupo de Caboclinhos é Maria do Socorro Pereira Domingos, a Cacicona Socorro, da comunidade do Bairro Vilage do Lago II, filha do saudoso chefe da Caboclada, Mestre Joaquim Pólo (Joaquim Pereira da Silva), que conta com marcante e esplendidamente “cantante” (à semelhança do pai Poló...) apoio do irmão Dudu (Waldir Leal Pereira), como 2º Chefe, na condução dos Caboclinhos.
          
O grande Coordenador das Festas de Agosto de Montes Claros é João Pimenta dos Santos (Mestre Zanza), que, aos dezesseis anos, passou a chefiar o 1º grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário, recebido do pai, João Pacífico Pimenta Santos, que, por sua vez, o recebeu de seu avô Pacífico Pimenta. Além de Coordenador das monumentais, extraordinárias Festas de Agosto, Mestre Zanza é Presidente da Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, cuja sede se situa na Rua Humaitá, nº 126, com Rua Santa Efigênia, no Bairro Morrinho - Montes Claros/MG.
          
Nesses grupos, estão representadas as três raças que originaram o povo brasileiro. Os Catopês são de origem africana. Os Marujos, de origem europeia, narram e exaltam os feitos e as aventuras dos marinheiros portugueses ou descobridores. Os Caboclinhos ou Caboclada são os nossos índios ou folgança de reminiscência indígena.
          
As notáveis Festas de Agosto, um dos grandes patrimônios culturais da cidade, - cujo projeto de “Registro como Bem Cultural Imaterial da União” foi encaminhado ao IPHAN/Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por indicação do próprio órgão federal, pela sua grande beleza e riqueza cultural, razões pelas quais as famosas Festas deverão, neste ano, ser registradas pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Montes Claros - COMPAC, presidido pelo Secretário Municipal de Cultura de Montes Claros, Carlos Muniz, com total apoio do Prefeito Ruy Muniz, como "Bem Cultural Imaterial do Município".

As Festas de Agosto de Montes Claros contam com o respeito, admiração e valorização de toda a cidade e região, em função de seu amplo significado, essência e importância histórica, artística e cultural, e verdadeira multidão acompanha os grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos, bem como os Reinados de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, e o Império do Divino Espírito Santo, pelas ruas centrais da cidade, até a Igrejinha do Rosário, sob os aplausos da população e vivórios entusiásticos do muito querido e popular "Padre dos Catopês", o Padre João Batista Lopes, o Padre João!...

                    VIVA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO!

                    VIVA SÃO BENEDITO!

                    VIVA O DIVINO ESPÍRITO SANTO!

                   VIVA OS CATOPÊS, MARUJOS E CABOCLINHOS!...

                   VIVA O POVO QUE TEM FÉ!       


                   VIVA!...

terça-feira, 14 de julho de 2015

- Reflexão do Dia -

"Que a crueldade dos nossos dias não prevaleça sobre nossa capacidade de fomentar o bem. " 
- Pe. Fábio de Melo -

FESTAS DE AGOSTO DE MONTES CLAROS I - (I de X)


* Raquel Mendonça

                                                                             Arte: Maria de Lourdes 


"Deus te salve, Casa Santa
Onde Deus fez a morada
Onde mora o Cálix Bento
E a hóstia consagrada (...)"


Quando eu e João Batista de Almeida Costa, o Joba Costa, nos unimos para criar, junto aos então Mestres de Catopês, Marujos e Caboclinhos da cidade, a Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros, localizada na Rua Humaitá, n° 126, com Santa Efigênia, no Bairro Morrinho, onde mora o Mestre Zanza há longos anos, com o local tendo se transformado, tamanha a beleza, riqueza e autenticidade de seu acervo, em um verdadeiro "Museu do Folclore" ou "Museu do Catopê", pensamos em três pontos básicos, essenciais, fundamentais: a sua não descaracterização ou empobrecimento histórico e cultural, o seu natural fortalecimento e preservação de todos os fundamentos das "Festas de Agosto de Montes Claros", a maior e mais importante manifestação cultural popular e tradicional do município, com quase duzentos anos de existência e resistência, que se realizavam, no passado, sempre nos dias 15, 16, 17 e 18 de agosto, e chegaram a ser consideradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, "Bem Cultural Imaterial da União"!...

A mais antiga notícia que se tem das festas, lembra o grande e saudoso historiador Hermes Augusto de Paula, em seu livro "Montes Claros, sua história, sua gente, seus costumes" (volume "Costumes") é datada de 23 de maio de 1839, quando "Marcelino Alves pediu licença para colher esmolas junto à população e, com isso, poder realizar as Festas de Nossa Senhora do Rosário e do Divino Espírito Santo - às quais se associou depois a Festa de São Benedito - que pretendia fazer nesta freguesia". Quando se comemorou a coroação de Dom Pedro II em 8 de setembro de 1841, depois do cortejo ou passeata com a efígie do Imperador, foram permitidos vários divertimentos durante três dias: "catopês, cavalhadas, volantins e quaisquer outros divertimentos que não ofendam a moral pública."  A partir daí, as Festas nunca mais pararam de crescer e acontecer, livres, belas e soberanas, feitas pelo povo e para o povo, com os catopês ou dançantes, marujos ou marujada, caboclinhos ou caboclada, além de dois atos que não se realizam há muitos anos, de origem popular, única maneira aceita, porque espontânea e legítima: o Bumba meu Boi e as tão concorridas Cavalhadas!...

São festas religiosas, integrantes do Catolicismo Popular de Montes Claros, em honra ou homenagem a Nossa Senhora do Rosário, a São Benedito e ao Divino Espírito Santo. Entre as práticas religiosas, estão as missas, celebradas por longos anos, de maneira entusiástica e contagiante, pelo muito querido Padre João Batista Lopes, o "Padre dos Catopês"; as bênçãos e levantamento de mastros, ou seja, a Bandeira de Nossa Senhora do Rosário, na noite anterior ao Reinado de Nossa Senhora do Rosário; a Bandeira de São Benedito, na noite anterior ao Reinado de São Benedito e a Bandeira do Divino Espírito Santo, na noite anterior ao Império (e não Reinado...) do Divino Espírito Santo, de responsabilidade do Mordomo ou Mordoma, dono de cada bandeira, antecedido pela chamada Visita!...

Aos Festeiros que, normalmente, são famílias da cidade que se apresentam junto ao Mestre Zanza, no final das Festas, para assumirem os Reinados e Império do ano seguinte (antigamente havia até mesmo sorteio, tamanho o número de pretendentes!), pai e mãe que são do Rei ou da Rainha de Nossa Senhora do Rosário, do Rei ou da Rainha de São Benedito e do Imperador ou da Imperatriz do Divino Espírito Santo, que organizam o cortejo ou séquito real/imperial, seguido de príncipes e princesas, entre crianças e pré-adolescentes membros das famílias, convidados ou da comunidade que comparecem com seus pais devidamente caracterizados no dia da festa e podem igualmente participar. Nas cores azul de Nossa Senhora do Rosário, rosa de São Benedito ou vermelho do Divino Espírito Santo! Aos Festeiros cabe ainda oferecer grande almoço aos catopês, marujos, caboclinhos, familiares, amigos das comunidades de cada Grupo, autoridades, convidados, etc, após a Missa na Igrejinha, com apoio, tanto na organização do cortejo, quanto para servir o almoço a centenas de pessoas, de equipe da Secretaria de Cultura! Algumas "novidades" têm sido registradas e devidamente criticadas, o que abordaremos em um dos próximos artigos, com dez já definidos!

E, se são festas religiosas, nada que "ofenda a religiosidade das festas" pode ou deve acontecer - e nada pode acontecer sem a permissão dos Donos das Festas, que são os Catopês -, como, por exemplo, a participação de grupos parafolclóricos, como acabou ocorrendo no ano passado, sob protestos de Mestres, Contra-Mestres, catopês de fila, marujos, caboclinhos, populares... "Somos devotos de Nossa Senhora do Rosário, de São Benedito e do Divino Espírito Santo", não se cansa de dizer o Mestre Zanza (João Pimenta dos Santos), Coordenador das Festas de Agosto, Presidente da Associação dos Grupos de Catopês, Marujos e Caboclinhos de Montes Claros e Chefe do 1° Grupo de Catopês de Nossa Senhora do Rosário. "Não fazemos show, não damos espetáculo, dançamos, tocamos e cantamos por ruas centrais da cidade, da Praça Dr. João Alves (do Automóvel Clube) até a Igrejinha do Rosário, na Praça Portugal", não se cansa Zanza de repetir, cheio de fé e santa devoção! Ou seja, ele não permite nenhuma confusão!

O Professor José Roberto Lopes de Sales (Prof. Beto), Coordenador do Grupo Parafolclórico Saruê, com quem conversamos longamente a respeito no Sobrado dos Versiani-Maurício (Secretaria Municipal de Cultura), nos disse que não "aceitou o convite" (que ainda não se sabe de onde ou de quem partiu), porque entendia que seria interferir (na verdade "inter-ferir") em festas religiosas tradicionais, das quais não participam, nunca participaram!... Muito coerentes e corretas a postura e a conduta do querido amigo, o Prof. Beto, Coordenador de Extensão Cultural da UNIMONTES, um dos ex dirigentes do Museu Regional do Norte de Minas e participante da equipe de Coordenação do Festival Circuito Lago do Irapé, que se realizará em Grão Mogol! Afinal, nenhum dos Grupos Parafolclóricos da cidade é devoto de Nossa Senhora do Rosário, de São Benedito e do Divino Espírito Santo. Fazem bonito também, muita gente gosta, porque, afinal, se inspiram em diversas manifestações culturais tradicionais, a partir das músicas, instrumentos musicais, danças, figurinos e outros detalhes mais, mas em palcos, como, por exemplo, do próprio Festival Folclórico de Montes Claros, este, sim, promovido e realizado pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de Montes Claros, paralelamente às Festas de Agosto, há trinta e poucos anos, criado que foi pela amiga Clarice Maciel, primeira e grande Diretora do Centro Cultural Hermes de Paula, visando aproveitar o movimento das belas Festas, lembrando que o Coordenador de Eventos da Secretaria é Pedro Ferreira!!!

Sugiro a todos assistirem ao filme-vídeo "A Peleja do Bumba-meu-Boi contra o Vampiro do Meio Dia", que vimos durante Encontro Popular de Cultura realizado em Olinda e de que adquirimos cópia depois, fazendo uma pequena mas necessária "vaquinha" para isso, doando-a, em seguida, à nascente Fundação de Artes Ray Colares - FARC. Ele já foi mostrado em vários eventos e acontecimentos culturais, levando informações àqueles que não as têm!...

Se localizado, este é um bom momento para se conhecer, de vez, o cerne da vezes delicada questão, tão debatida, mas pouco entendida, compreendida!
Ou que se busque o teor do 8° Congresso Nacional de Folclore, de que participamos em Salvador e que abordou sabiamente Folclore e Parafolclore!...


Yuri Popoff

Yuri Popoff Quarteto apresenta a diversidade brasileira no Café-Teatro Rubi, 17 e 18/07 Comandados pelo elogiado baixista, instrumentistas recriam temas da nossa música com improvisações típicas do jazz.




Yuri Popoff Café-Teatro Rubi

A marca do show Todos Nós Somos, com Yuri Popoff Quarteto, é a autenticidade e força das harmonias e variações sobre temas da cultura musical brasileira, além da recriação trabalhada com arranjos grandiosos e emocionantes sobre composições dos maiores ícones da nossa música, como Milton Nascimento e Tom Jobim. O show acontece nos dias 17 e 18 de julho (sexta e sábado), às 20h30.

O destaque maior vem das composições autorais e temas do maestro Yuri Popoff, a exemplo de “Era só começo o nosso fim”, “Vertentes” e do emocionante tema “Abertura”.  Yuri Popoff traz em seu Quarteto, músicos de altíssimo nível técnico e de expressão no meio musical, formado pelo pianista argentino Lisandro Massa, o baterista Marcus Santos e o flautista e saxofonista André Becker.

Com esta formação, Yuri Popoff cria um clima de inigualável beleza através dos solos que exploram o baixo fretless, instrumento que domina com alta qualidade, técnica e emoção ao executar o riquíssimo repertório que exacerba em belas harmonias e improvisos. Os temas e variações ao melhor estilo do jazz sobre temas brasileiros são destaques neste espetáculo.



Nascido em Minas Gerais, Yuri Popoff Iniciou sua carreira profissional em 1975, como integrante da Orquestra Sinfônica de Campinas. Participou de várias turnês, shows e gravações com artistas como Beto Guedes, Toninho Horta, Nana Caymmi, Maria Bethânia, João Donato, Leila Pinheiro, Wagner Tiso, Clara Sandroni, Flávio Venturini, Selma Reis e Mauro Senise,  entre outros.

De 1986 a 1998, atuou como professor de baixo e arranjo da Universidade Estácio de Sá. Na década de 1990, lançou os CDs "Catopé" (1992) e "Era só começo..." (1999), basicamente autorais. Em 2000, gravou "Cuenda", trilha sonora do espetáculo homônimo. Lançou, em 2005, o CD "Lua no céu congadeiro", fruto de dez anos de pesquisas sobre a diversidade musical mineira. Constam da relação de intérpretes de suas composições, artistas como Toninho Horta, Clara Sandroni, Mauro Senise e Ana de Hollanda, além de Mark Egan (baixista da banda de Pat Metheny) e do guitarrista coreano Jack Lee.

Yuri Popoff Quarteto – Todos Nós Somos
17 e 18/07 (sexta e sábado)
Horário: 20h30
Café-Teatro Rubi – Sheraton da Bahia Hotel
Couvert artístico = R$ 60,00

Vendas:
Bilheteria: Café Teatro Rubi – Sheraton da Bahia Hotel
Tel: (71) 3013-1011
2ª a sábado, das 14h às 19h (em dias de apresentação, até as 20h30)
Site: cafeteatrorubi.com.br
Call Center: (71) 2626-0032


(*) Como espectador do Café-Teatro Rubi, você pode desfrutar de preços especiais no jantar do Restaurante Passeio da Vitória – Sheraton da Bahia e também taxa especial de hospedagem. Consulte a Bilheteria do Teatro.

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Ateliê/Galeria Felicidade Patrocínio

PREZADOS AMIGOS do ATELIÊ/GALERIA : 

Alunos dos cursos de pintura na tela do curso de mosaico, do curso de arte e cerâmica para crianças, do curso de desenho e artes, do curso de xilogravuras e os participantes do clube de leitura:
                                                                            
Iniciamos nesta semana um breve recesso devido às férias escolares e reiniciaremos as aulas no dia 1º de AGOSTO/SÁBADO quando, já haverá aula de arte para as crianças. Agradecemos por este semestre passado, devido à excelente produtividade e crescimento respaldados pela confiança e harmonia de todos que frequentam este ateliê. Para o próximo semestre planejamos apurar mais ainda o nosso ensino de arte, pois estamos em viagem, passando uma temporada em Paris, onde fazemos estágios em ateliês, verificando e absorvendo o que há de novo no setor para aplicar em nosso espaço.
Informamos que ampliaremos o número de alunos, portanto oferecemos algumas vagas para todos os cursos, as inscrições deverão ser feitas na 1ª SEMANA DE AGOSTO. Nossos professores são artistas respeitados, experientes, graduados e pós-graduados em arte. Já antecipamos o aviso de que à partir de Novembro o ateliê apresentará belas exposições dos melhores trabalhos dos alunos, inclusive das crianças. Estamos descobrindo grandes talentos.

Aos participantes do Clube de Leitura, avisamos que retornaremos às atividades no 2º semestre quando teremos uma espetacular reunião para o ESCAMBO DE LIVROS.

 Agradeço e envio o meu abraço à todos,
 Felicidade Patrocínio.

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Ateliê/Galeria Felicidade Patrocínio
Rua São José 293-Bairro Sto Expedito (atrás da igreja de Sto Expedito)
Montes Claros - MG


segunda-feira, 6 de julho de 2015

A incômoda verdade II

* Raquel Mendonça

"Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade." (São João, 17, 17)
"O ímpio cresce na impiedade, mas cai, e o justo sofre, mas vence." (Eclesiastes)


A verdade é divina. A mentira e a maldade demoníacas! Disso não tenho a menor dúvida, nunca tive, porque, desde que me entendo por gente, convivo com verdades, mentiras, calúnias perversas, impiedosas, cruéis - ou simplesmente ridículas, como uma piada de extremo mau gosto! - mas sempre me coloquei ao lado da verdade e acima delas, as deslavadas mentiras, e me calava, sempre, lembrando que quem cala vence e quem mente pode até convencer, mas um dia é desmascarado, por Deus estar ao lado dos puros de alma e coração! Até que a calúnia sofrida tomou dimensões inimagináveis, assustadoras, inacreditáveis!...

O que é a verdade, afinal? "Conformidade com o real; exatidão, realidade Franqueza, sinceridade. Coisa verdadeira ou certa. Princípio certo. Representação fiel de alguma coisa da natureza. Caráter, cunho (...)" E a mentira, o que é? "Ato de mentir; engano, impostura, fraude, falsidade. Hábito de mentir. Engano dos sentidos ou do espírito;erro, ilusão. Ideia, opinião, doutrina ou juízo falso. Fábula, ficção. (...)" O mentiroso ou mentirosa "cessa de ser bom ou boa (se é que já o foi um dia!), legítimo, verdadeiro, e degenera enquanto ser (HUMANO?)". Se é verdade que "gente de boa raça não mente", como explicar que, numa mesma família, haja pessoas inteiramente comprometidas com a verdade e outras que dizem algo - aterrador, diga-se de passagem! - que sabem não condiz com a verdade, ser a ela completamente contrária, mas têm grande prazer em afirmar?!

Estranho prazer esse de tentar, de todas as formas, fazer mal a alguém de quem tem inveja, ciúme, sei lá o quê, sem que essa pessoa tenha lhe dado algum dia a menor razão para isso, ao contrário e, pasme, ainda tentar estender tal mal ao que a vítima da inveja e calúnia tem de mais valioso e precioso na vida, na tentativa de destruí-la completamente! Existe coisa mais escabrosa, asquerosa no mundo??

Pois é, quando eu pensava que tinha conseguido conhecer toda - toda - a verdade que cercava a louca mentira, depois de anos de peleja e sofrimento, o chão se abre sob os meus pés, ao descobrir que a calúnia foi muito além, foi pior, muito pior, inimaginavelmente mais grave e torpe! Mentir é: "dar uma indicação contrária à realidade; induzir em erro; ser causa de, ou dar margem a engano, iludir".

Sei que "ratos ou ratas ruivos do que usam se cuidam"! E como usaram e usam, para terem o que hoje têm! Mas e quando sabemos que, além disso, a pessoa ou animal irracional do mal tem os motivos tortos e injustos dela para tentar atingir o âmago de alguém por conta de inveja óbvia e de ciúme improcedente da parte da atingida injustamente? É horrível o que pessoas que vivem do e pelo dinheiro, pelos pobres bens materiais, são capazes de fazer para aumentar o seu patrimônio, em detrimento do seu pobre patrimônio moral! E são capazes, por outro lado, de calúnias horrendas, inadmissíveis, em tudo sujas, insanas, malucas!

A verdade incomoda muita gente, especialmente aquelas criaturas que não têm nenhum compromisso com a realidade. Porque são simplesmente maldosas, egoístas, ambiciosas, orgulhosas, ou porque são doentes mentais mesmo, psicopatas, capazes de fazer o mal com um sorriso largamente desenhado e estampado no rosto e, depois do mal feito, ainda saem por aí bancando a vítima, "boas samaritanas, santinhas, quando, na verdade, nunca dividiram um pão, um biscoito sequer com ninguém, imagine um centavo!"

Pois bem, aos que lhe deram ou lhe dão crédito, por algum tipo de conveniência ou semelhança (afinal, os maus se atraem!) que me aguardem, porque entreguei a minha causa e do meu bem mais precioso a advogado maior, que é Deus, que agora, firme, me dita: " é entre ela e Eu!..."


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