segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Crônica -

Calaram-se os violões, silenciou o bandolim... 

*Terezinha Jardim


Há um estranho silêncio nas noites montes-clarenses. Calou-se a Seresta João Chaves, depois de quase 50 (cinquenta) anos cantando e encantando essas plagas e outras tantas mais.
                    
Já não se ouve o suave planger dos violões, o trinar mavioso do bandolim; o canto do “Amo-te muito” já não ecoa mais nas noites entradas...

De infinita tristeza cobrem-se as lembranças de glórias passadas, de memoráveis cantares aqui e alhures; sente-se saudade da voz poderosa de Nivaldo dizendo cantando “que a beleza acordasse”; do cristalino timbre da voz de Deinha (Adélia Miranda), com a sua “Ave Ferida”; do alegre “pupurri” do Sesquicentenário, da elegia à Sertaneja, na voz de Hélio.
                   
E tantas outras músicas, verdadeiros hinos que eram cantados pela Seresta João Chaves. Ouvíamos em silêncio, às vezes com lágrimas nos olhos, a Saudade ser interpretada por Clarice Maciel Chaves e várias outras canções.
                    
Será que este silêncio é definitivo?!
                    
O cinquentenário (50 anos - Bodas de Ouro) do Grupo de Seresta João Chaves está próximo - 20 de abril de 1967 a 20 de abril de 2017. Ou será este silêncio apenas uma pausa para o Grupo viver com dignidade o luto por Alice, Toledo, Dona Fina, Virgílio, Beto, Denise e tantos outros, Raimundo Chaves, Luiz Procópio, Gilberto Câmara, os quais, ao longo desses 50 anos, foram para o céu fazer lá serenatas celestiais?
                    
Com a palavra Adélcio Saraiva, atual diretor da “Instituição Musical Grupo de Seresta João Chaves”.
                    

Os admiradores da boa música seresteira e romântica agradecem!...

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