terça-feira, 29 de novembro de 2016

Georgino Junior

Por Andreza Lima - Jornal O Norte*





O artista plástico Georgino Junior foi o único chargista que passou por O Norte durante esses 12 anos. Entrou no jornal em 2003 a convite do editor-chefe, Reginauro Silva, quando o veículo ainda estava em processo de desenvolvimento, para ser redator e chargista. Os seus belíssimos trabalhos fizeram a diferença, para que o jornal fosse conhecido na cidade.

Georgino já trabalhou em vários jornais e revistas, entre eles o Jornal de Notícias, Diário de Montes Claros, Jornal de Montes Claros, Jornal do Norte, Jornal O Norte de Minas, Revista Tempo e, por último, Revista Tuia. Na história da imprensa de Montes Claros, ele possui 40 anos de experiência, e hoje é considerado um dos melhores profissionais da área da comunicação. “Foi uma alegria muito grande receber o convite do Reginauro para trabalhar no jornal. Na época, eu trabalhava como professor na UFMG, e essa foi a oportunidade que tive para voltar a trabalhar na imprensa”, fala. Georgino é formado em Direito e fez mestrado em Sociologia.

O artista é conhecido na cidade não só pelo dom de saber desenhar, mas também pela qualidade de suas reportagens e livros. Ter uma boa desenvoltura para escrever também é o seu forte. Aos sábados, publicava no Jornal Opinião, um suplemento de O Norte, suas matérias e crônicas. “Duas reportagens que me marcaram muito foi sobre os guardas que fiscalizam as residências durante a noite e a homenagem que fizemos ao bairro Morrinhos. Foram matérias que tiveram muita repercussão,” disse.
Georgino possui vários livros publicados e, no momento, está com mais de cinco que aguardam o patrocínio de uma editora. Em 2002, a sua obra "Bola Pra Frente Clube" foi requisito para as questões de Literatura do vestibular da Unimontes.

Durante os seis primeiros anos de O Norte, tempo equivalente à passagem do Georgino no jornal, todos os dias a capa contava com uma de suas charges. Mesmo nos dias em que seu pai e sua mãe morreram, não deixou de fazer. Cabe ressaltar que ele nunca faltou ao serviço. “Lembro de uma vez, quando o Reginauro me ligou de madrugada, para falar sobre um escândalo político que havia acontecido na cidade, e queria que eu fizesse uma charge interessante ilustrando o fato. Me pegou de surpresa, pois eu já tinha feito a do dia, mas, no final, deu tudo certo”, fala.

O dom de desenhar veio desde quando nasceu, essa atividade é o seu maior prazer e é a única a que se dedica hoje. “Minha mãe dizia que já nasci com um lápis na mão. Todos os meus cadernos, do primário até minha pós-graduação, eram desenhados.

Além de se destacar pelo seu magnífico trabalho como desenhista e escritor, Georgino é parceiro do cantor Tino Gomes e o ajuda a compor letras de músicas. Atualmente, ele se dedica apenas aos desenhos, mas a vontade de retornar para o universo jornalístico continua. “Tenho muitas saudades da adrenalina de trabalhar em um veículo de comunicação. Eu falo que trabalhar em imprensa é como beber cachaça, é um vicio que nunca acaba. São quarenta anos na imprensa que foram bem vividos”, diz.


“Estes quatro anos que passei no jornal foram dias muitos felizes. No jornal, tive a oportunidade não só de voltar a trabalhar na imprensa, mas também de conhecer pessoas bacanas, não só dentro do jornal, mas criar contatos dentro da cidade. O jornal me proporcionou que eu estivesse presente nas histórias de Montes Claros. Agradeço pela amizade dos jornalistas Eduardo Brasil e Adriana Queiroz, em especial ao Reginauro Silva, que foi um grande companheiro até mesmo antes de eu fazer parte da equipe. O jornal foi o nosso reencontro. É uma alegria muito grande saber que ajudei O Norte a ser conhecido. Desejo que o jornal permaneça por muito mais que 12 anos e que tenha sempre esse brilhantismo que permanece desde seu início, pois ele já nasceu grande. Que ele continue com esse objetivo de levar informações para a cidade, sem deixar a peteca cair”,  finaliza Georgino Junior.

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