segunda-feira, 19 de maio de 2014

DESTAQUE: POEMA

SE TODOS FOSSEM IGUAIS AOS POETAS - (QUE MARAVILHA SERIA!...)
Montes Claros (MG) - 25.02.2014

Hoje uns desejinhos à toa
Amanheceram-me!...
O bulício deles
Despertou-me uma vontade louca
de simplesmente...
Rasgar o verbo acerca dos poetas...
E, para tanto, sucedeu-me o anelo
De embalar-me nos braços da verve,
Porque ela sempre os inspira...
E, com certa frequência, os inquieta!...
Ah, vou instigá-la!... Ah, se vou!...

Ô verve estrambelhada,
Por favor...
Fala-me de teus amados poetas!
Quem são eles...
E por que te encantam?

Então, disse-me ela:
Ah! Os poetas são criaturinhas encantadoras...
Ora voluptuosos, benditos ou malditos, inflamados de desejos
(Portanto, apaixonados e apaixonantes!)
Ora ternos, singelos, engraçados, irônicos...
(Portanto, quase crianças!)
Ora até melancólicos, egocêntricos, saudosistas
(Enfim, um doce porre!)
Mas todos os poetas, sim, todos eles
Deleitam-se a brincar com palavras
(Que não perderam a hora da inspiração!)
E com elas (as palavrinhas)
Tecem, pintam e bordam... versos e versinhos lindos
Que a todos nós enternecem, a todos!...
(Até a mim... sua verve!)
Ah! Os vates são habilidosos fiandeirinhos
De belos versos e lindos versinhos... ora!
(Por isso giro em suas mentes, inspirando-os!)

Romildo Mendes (Rel) 
Poeta e precursor do teatro montes-clarense, tendo inaugurado com o seu grupo de teatro, a 'Sala Cândido Canela' - Teatro/Auditório do Centro Cultural Hermes de Paula.

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